sábado, 9 de abril de 2011

Definição é uma questão de saber. Talvez eu não seja esperta o suficiente para me definir. Posso definir uma caneta se você quiser, ou posso
citar a utilidade dela. Mas me definir? Eu não sei. Posso ser esperta o suficiente para resolver uma questão muito dificil de matemática, ou até traduzir um texto em grego. Mas aposto que me definir seria a tarefa mais difícil de todas. Posso até dizer como a Clarice Lispector: " Sou um mistério para mim". Mas não sou. Sei exatamente o que sou capaz de fazer, e isso me assusta. Posso ser tão sincera com você ao ponto de nunca mais querer olhar na minha cara, posso ser tão falsa ao ponto de você nunca desconfiar da minha honestidade, posso ser tão engraçada ao ponto de te fazer morrer de rir, posso ser tão dramática ao ponto de te fazer chorar, posso ser tão malvada quanto uma vilã de novela e posso ser tão boa quanto a mocinha, mas as vezes você não sabe quem é a vilã e quem é a mocinha. Posso ser tão carinhosa com você ao ponto de você nunca mais querer sair de perto de mim, e posso ser tão bruta ao ponto de você nunca mais querer chegar perto de mim. Posso ser tão vingativa ao ponto de te matar, e tão doce quanto um anjo. Já tive vontade de saltar de bungee jump para provar pra todos a minha coragem, e ainda tenho essa vontade mas dessa vez para provar pra mim mesma... embora eu seja tão medrosa que nem consiga dormir sozinha no
meu quarto. Não me considero "de lua", é uma mania feia essa de as pessoas
compararem suas mudanças de personalidades com as fases da lua, do sol ou até mesmo com os movimentos da terra. Poderia me comparar a um meteorito, a um
vulcão em erupção, a um terremoto ou a uma tsunami em constante atividade, mas é o tipo da coisa, você não pode prever.

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