quarta-feira, 13 de abril de 2011

Maturidade Afetiva

Difícil falar em maturidade afetiva aos 27 anos de idade... Mas, vou tentar! Quem sabe não toco o coração de alguém.

Me deparei essa semana com um texto que li da Dra. Rosana Braga (Não sabe se casa ou compra uma bicicleta?), bem real às dúvidas existenciais de muita gente. Ela nos mostrava em suas palavras, a dura realidade do ser humano indeciso em relação aos seus objetivos amorosos. Pessoas que fogem de compromisso, que não conseguem se manter estável numa relação única ou que mesmo assumindo o compromisso continua vivendo a vida jogando para todos os lados. Tornando assim a vida do seu companheiro (a) um verdadeiro mar de incertezas e de sofrimentos por investir e por amar tanto uma pessoa indecisa.

Abro aqui o meu texto com uma frase que li hoje no livro de Pe. Roger Luis (Clamando por Milagres), que diz assim: “O amor do mundo não combina com o amor de Deus, nem passa para a sociedade dos filhos de Deus quem não se separa da vida carnal” (Sermão de São Leão Magno). Refletindo esta frase e fazendo uma comparação com a sociedade de hoje podemos constatar que as aventuras vividas por muitos não consegue se fixar em felicidade. Explico melhor: este mundo aventureiro, prazeroso, excitante, brilhante, não consegue preencher o vazio que o ser humano carrega dentro de si, que é o de amar e ser amado na sua plenitude, na sua verdade.

Porém, homens e mulheres esquecem ou deixam de lado seus objetivos e partem pela busca incessante de satisfações momentâneas de prazer, ou seja, a famosa carência da sexta-feira, onde muitos saem de suas casas a procura de diversão que os façam esquecer o vazio que sentem lá no fundo por não ser amado e daí encontram algum tipo de prazer na noite que por horas os fazem esquecer suas reais necessidades humanas. E assim, começa o ciclo do pega-pega, do desapego, das facilidades, da entrega pelo simples prazer e não pelo amor que Deus espera ao unir duas pessoas.

É triste enxergar que as pessoas ao invés de buscarem ser amadas, buscam o vazio de pequenos momentos de prazer. Que essas pessoas preferem sair em aventuras nas noites em busca daquele bonitinho ou bonitinha que possam oferecer um instante de prazer, ao invés de buscarem viver o momento ao lado daquela pessoa que o ama de verdade.

Muitos jogam para fora de sua vida à pessoa que estava pronta para amá-lo e fazê-lo feliz. Tudo isso pelo simples fator da “indecisão” que penetrou sobre sua vida com o único propósito de destruí-lo. Sim! Indecisão não eleva ninguém. Ao contrário, destrói grande parte dos relacionamentos. Cria profundas feridas naqueles que amam por se sentirem rejeitados pela pessoa que mais o considerava.

Essa semana tive que ouvir uma frase que me dizia que era muito difícil se abster dos negócios do dia a dia em prol do crescimento espiritual ou do coração. Como se a vida fosse movida apenas pelo lado material. Como se essa pessoa só quisesse isso pra vida dela, sabendo ela lá no fundo que a felicidade não está aí. O que posso dizer de todo esse relato que escrevo é o quanto as pessoas precisam parar para se autoconhecerem, buscarem dentro de sua alma suas verdadeiras necessidades, se aprofundarem dentro de seu coração para compreender o que realmente querem vivenciar acerca do amor, ou seja, desenvolver sua maturidade afetiva que pelos percalços da vida, dos negócios, dos prazeres da carne, das aventuras das farras, bebidas, drogas, mulheres, se jogaram esquecendo-se de plantar suas sementes verdadeiras de afeto.

Não podemos viver uma vida de indecisões, de falsos amores, de falsas promessas. Precisamos ser amados, cuidados, valorizados. E enquanto você quiser permanecer na incerteza, mais tempo estará perdendo, mais pecados ou falta de valor a si mesmo estará cometendo e mais infelicidade estará gerando. É preciso amadurecer não só nos negócios, no dinheiro, no corpo, mas essencialmente no seu coração.

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