domingo, 2 de outubro de 2011

Corações

Dois corações se quebram, se partem, ao perceber que juntos não mais se satisfazem.

Um nota que o outro não está dando carinho como antes.

O outro nota que o jeito de olhar está diferente.

Os dois calam.

Longo silêncio.

Tudo continua como se nada estivesse acontecendo, mas os corações sabem que as coisas não são normais.

Os dias passam, as noites em claro demoram a passar, os pensamentos fervem, as lágrimas caem do olhar; e nada se resolve. Como contar?

Um coração não bate com a mesma intensidade de antes…

O outro também não.

O beijo se torna vazio, o abraço frio, o olhar seco.

E o silêncio atrapalha, a verdade e o medo incomodam.

A dor.

A tristeza.

Como contar?

Esse momento chegará, sim, e será duro como um momento no inferno.

As lembranças… Não se apagaram. Nunca.

Dois corações que durante tanto tempo encontraram dias de intensa felicidade, agora, separados, encontrarão dias de intensa agonia.

Estar sozinho nunca é bom, e a solidão dói.

Hoje, nessa noite tão escura, um dos corações (o meu) toma coragem para dizer.

Mas não liga.

Prefere apagar a luz, dorme e sonha.

E acorda, no meio da madrugada, com a lua vagando pelo céu.

Chora, chora muito esse pobre coração.

Vê que esse sentimento não tem fim.

É apenas uma crise, um momento, uma fase e passa.

E é exatamente nessa mesma noite que o outro coração (o seu), também chora muito.

E também descobre que o sentimento é eterno.

E amanhã, esses dois corações voltarão aos velhos tempos, e terão momentos de intensa felicidade.

Porque eles se amam.

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