quarta-feira, 22 de outubro de 2014

DESABAFO ELEITORAL

Quem dera todo cristão ficasse incomodado como eu, após o debate de hoje entre candidatos à presidência. O assunto é muito sério. Pois não saber votar, significa COLOCAR QUALQUER UM para administrar boa parte da sua vida por quatro anos ou mais.
Não saber votar equivale a permitir que muitos morram. Isso mesmo. Não me refiro apenas ao aborto, às vítimas de crimes ou aos enfermos nos corredores de hospitais. Quero dizer que, até mesmo numa decisão econômica, pessoas podem perder a vida, a família, os direitos. Quer um exemplo claro disso? No início da década de 90, o governo da época decidiu confiscar e bloquear nos bancos o dinheiro de investimentos dos cidadãos brasileiros, com uma promessa de retorno, que se for analisada, esse retorno jamais aconteceu. Tente imaginar pessoas que tinham guardado dinheiro para realizar um sonho; que perderam dinheiro ao ter que devolver a casa ou o bem comprado; o sonho da faculdade dos filhos ou do casamento que estava por acontecer. Imagine também outros que tinham entes queridos com doença grave e que precisavam daquele recurso. Imagine os que entraram em depressão por não suportarem o sofrimento provocado por essas perdas e imagine as milhares de famílias desestruturadas.
Somos testemunhas que muitos morreram por causa dessa decisão. Vizinhos de pessoas da nossa convivência suicidaram-se na época.
Não precisava ir tão longe nos exemplos. Eu poderia apenas trazer simples reflexões, como o jeito que ficamos quando não temos de onde tirar o nosso sustento ou o dinheiro para fazer algo comum do dia-a-dia. Basta a gente se colocar no lugar dos outros e refletir.

Até mesmo quanto à questão da fome, agora todos se decidiram defender o programa Bolsa Família. O governo deveria se preocupar com a fome sim, mas em projetos concretos de crescimento das regiões pobres, o que faria com que as famílias tivessem estrutura para se auto-sustentar, e não com projetos que visam deixar as famílias dependentes do próprio governo. Aliás, o governo deveria existir para a estruturação do país e não para ser ou se portar como uma ONG. Esse tipo de trabalho já é feito por milhares de ONGs espalhadas pelo país e Pastorais cristãs.
Combater as causas da fome e orientar os sem-teto, já são obrigações impostas por Lei para cada município, onde se recebe tantos impostos.

E nós, cristãos? Não perdemos nossos valores a cada eleição? Esses valores não nos são confiscados ou bloqueados? Temos a falsa impressão de que a Igreja está bem. Mas não.
Infelizmente muitos de nós somos cegos quanto a isso.
E muitos de nós só vamos enxergar quando no Brasil for proibida a manifestação da fé.
É verdade. Quem quiser ver, que veja enquanto há tempo. Estamos caminhando para a proibição da pregação da Palavra. Em muitos lugares do mundo já se fala e se pratica o “livre direito à blasfêmia”. Procure esse tema na Internet e comprove quão tristes são essas notícias atuais.
No Brasil já se defende disfarçadamente o “livre direito à ser contra a Bíblia”, justificando ser “ideias cheias de preconceitos”. E não estou falando de gente de fora da Igreja. Estou falando de “católicos&evangélicos” que defendem esse CONCEITO.
O ser humano tem o direito de crer e não crer. Tem direito de assumir os propósitos de Deus deixados na Bíblia ou não. Tem o direito de ser feliz da maneira que imagina e quer.
Afinal isso é decisão pessoal e ninguém tem nada a ver com decisões pessoais. Corretíssimo.
Contudo, quando se trata de todos, já não se pode pensar somente em direitos. Mas também em deveres.

Da parte dos cristãos que não negam a sua fé, só resta a oração por essa situação e principalmente o dever de respeitar essas decisões, ainda que contrárias.
Aliás, o respeito igualitário é o que deveria ser assegurado a todos e não apenas à uma parte da sociedade.
O respeito é o que deveria estar na Lei. Pois crianças, jovens e idosos, todos morrem por seus direitos violados. Ou seja, todos têm o direito ao respeito e à vida.
Se fala muito de direitos próprios. Se fala pouco de deveres mútuos. E uma sociedade se faz com direitos e deveres.

Eu, como cristã, tenho direito de me posicionar publicamente, pois é uma obrigação de todo cristão participar da vida política de seu país; de ter posições claras quanto aos valores cristãos. Não quero levar esse peso comigo e depois dessa minha curta vida, perder a vida eterna. Não sou político, mas posso participar da política dizendo o que penso e não só na hora da urna.

O que vi nesse debate na TV foi uma lástima. Falou-se de tantas coisas, menos de coisas concretas sobre os nossos idosos, nossas crianças, nossos enfermos... Por vezes percebi que o assunto importante começava. Mas os olhos não condiziam com a boca, muito menos as intenções, que eram evidentes: pisar no outro para ganhar a Eleição.
Enquanto a guerra segue nas campanhas, um mundo de cristãos brigam nas redes sociais. Uns defendem isso e outros defendem aquilo. E o pior: Muitos nem sabem o que defender, fazendo igual a Pilatos, que lavou as mãos, votando nulo ou em branco. Esses se esquecem que esse tipo de voto também leva alguém à morte.
Muitos não estão nem aí para a política, porque a política não está nem aí para eles. É justo? Não. Na verdade a nossa posição ou salva ou mata as pessoas, literalmente.

Me decidi votar em cristãos; pessoas que conheço pessoalmente, porque elas defendem no mínimo o que eu sempre defendi em minhas músicas: O direito à vida, o direito ao respeito mútuo, o direito à escolhas, o direito ao diálogo e reflexão a todo e qualquer assunto, como também o direito de continuar cantando a Palavra de Deus.
Eu tenho meus candidatos e todos estão entre esses do sitevotocatolico2014.com que deixo para quem também quer votar em gente comprometida com nossos valores. Alguns são amigos pessoais há muitos anos.
Se preferir, poste aqui os candidatos cristãos que conhece, não se esquecendo de dizer por quê os escolheu. Isso pode ajudar a outros que ainda estão pesquisando e buscando opções.

Ore pelo Brasil, Terra de Santa Cruz, nesses dias. Posicione-se publicamente, mas com educação. Escute as críticas, reflita e dê a sua resposta à Luz do que acredita.
É um direito e um dever seu como cidadão brasileiro e como cidadão candidato ao Reino dos Céus.

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