quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

"Acordou na escuridão, tossindo de leve. Ficou deitado escutando. O menino estava sentado junto à fogueira envolvido por um cobertor observando-o. Água gotejando. Uma luz diminuindo. Velhos sonhos ultrapassando os limites do mundo desperto. O gotejar era na caverna. A luz era uma vela que o menino levava numa haste de cobre batido. A cera respingava nas pedras. Pegadas de criaturas desconhecidas no solo mortificado feito depósitos trazidos pelo vento. Naquele corredor frio eles tinham alcançado o ponto do qual já não havia mais volta que era medido desde o início apenas pela luz que levavam consigo."
(A Estrada - Cormac McCarthy)

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